Em 2021, Emma Raducanu venceu surpreendentemente o US Open no seu segundo torneio Grand Slam e com apenas 18 anos. A jovem tenista também teve de superar a fase de qualifying do torneio, que conseguiu vencer sem ceder um único set, um feito incrível a todos os níveis.
Pois bem, estamos em 2024 e Raducanu não conseguiu vencer nenhum outro torneio, nem chegou sequer a uma final em competições mais modestas. É verdade que teve algumas lesões e era muito difícil manter a fasquia tão elevada, mas o que toda a gente no mundo do ténis sabe sobre a tenista britânica é que desde que conquistou o seu único título do circuito WTA, o espetacular US Open em setembro 2021, Emma teve 9 treinadores diferentes! No circuito profissional, as mudanças de treinador são habituais, mas não a este ritmo. Para termos uma ideia, Rafa Nadal, Novak Djokovic e Roger Federer juntos tiveram menos treinadores que Raducanu nestes 3 anos.
O que podemos aprender com a experiência de Raducanu?
Pois bem, algo que defendemos na Glorick: o processo formativo, a melhoria de competências e o desenvolvimento da carreira profissional, não funcionam sem um modelo de continuidade e estabilidade de processos, algo que anda de mãos dadas com quem nos acompanha e orienta. O sucesso, pelo menos aquele que perdura no tempo, não chega em poucos meses, é preciso persistir e acreditar na estrutura e no caminho traçado. A relação entre treinador e tenista, ou entre professor e aluno, exige tempo para dar frutos, e talvez por isso Raducanu tenha contratado novamente o seu primeiro treinador.
O exemplo de Jannik Sinner
Há cerca de um mês, o Open da Austrália terminou com a vitória de Jannik Sinner, um rapaz que há alguns anos nem disputava o circuito júnior, e que é hoje o principal rival de Carlos Alcaraz no futuro do ténis masculino. Ao longo de 2023, muitos duvidaram que Sinner algum dia chegasse aonde chegou, mas ele sempre disse que acreditava no “processo”, que nada mais era do que continuar a confiar no que a sua equipa técnica havia definido como o seu caminho para o sucesso. Ora, justamente ontem, Sinner venceu outro torneio e continua imbatível em 2024.
O modelo da Glorick
Também acreditamos no processo, por isso replicamos o modelo de continuidade na relação professor-aluno como essencial para o sucesso educativo. Como muitos atletas já disseram, chegar ao topo não é o mais difícil, o que é realmente difícil é permanecer lá.