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  • Pedro Peixoto

As 3 opções para aprender idiomas

Na Glorick apostamos na melhor opção, mas é um bom exercício refletir por escrito sobre todas as opções que temos à nossa disposição para aprender um novo idioma. Por sermos um fornecedor B2B, onde existem fatores que não são relevantes para o cliente individual, veremos argumentos que se aplicam mais à lógica dos RH. Para ilustrar as vantagens e desvantagens de cada opção, vou explicá-la recuperando a comparação com o ginásio.


1. A opção 100% autónoma

Muitas empresas adotaram uma política de oferecer todas as opções de formação possíveis com total liberdade, o que se estende também aos idiomas. Por isso, existem empresas no nosso setor que oferecem plataformas online com cursos de todos os tipos, para além de aplicações dedicadas apenas ao ensino de idiomas, nas quais a premissa fundamental é que o utilizador seja totalmente independente e autossuficiente, sem ajuda humana. O aluno pode aprender quando quiser, basta apenas conectar-se e fazer as atividades apresentadas, nas quais a presença dos formadores é sempre assíncrona. É a opção mais barata e mais fácil de ativar, sem dúvida.


Comparação com o ginásio: a sua empresa paga a mensalidade, mas você só tem acesso à sala das máquinas. No máximo, o técnico de sala pode explicar como funciona uma delas, mas não terá tempo para mais, e se você não entender alguma coisa terá que aprender com a vida. Você pode fazer todos os exercícios que quiser, mas sozinho, isolado do contacto humano. A má postura não será corrigida e poderá acabar por ficar desmotivado, tendo maior probabilidade de desistir se não tiver disciplina férrea.


2. A opção do grupo

Esta é a modalidade tradicional por excelência de ensino de línguas: a empresa tem um grupo que quer/precisa de aprender uma língua, por isso organiza aulas de grupo diferenciadas por nível ou horário. Aqui já contamos com a participação de um formador profissional que assume o controlo da formação, e os alunos podem expressar-se diante de outros seres humanos. Quanto mais alunos cada turma tiver, mais barata será a formação, mas o preço será sempre superior ao da opção anterior. Não é comum haver acesso a uma plataforma online e, quando existe, o resultado não é muito positivo: basta que uns a utilizem e outros não para se tornar disruptivo e não ser útil para o processo formativo.


Comparação com o ginásio: a sua empresa contrata um ginásio para que você possa ter aulas com mais pessoas. No papel é uma opção muito boa, mas há uma série de problemas que não são logo visíveis e este é um processo a longo prazo: todas as semanas você tem de ir às aulas. Muito provavelmente, os elementos do grupo vão acabar por sofrer de: falta de motivação/interesse pelos temas abordados, falta de disponibilidade no horário definido, dificuldade em acompanhar o ritmo de aprendizagem porque é muito fácil (ficam aborrecidos) ou difícil (ficam frustrados), falta de confiança na expressão oral perante outras pessoas, tempo reduzido para expressar dúvidas, entre outros. É inevitável que isto aconteça porque verifica-se em todas as áreas da atividade humana. Isto não acontece em 100% dos casos, mas é a norma.


3. A opção personalizada

Uma licença pessoal que lhe dá acesso a uma plataforma de autoestudo (como na opção 1) e aulas individuais síncronas com um formador.


Esta é a melhor opção e é a que oferecemos na Glorick. Aprender é um ato voluntário, não basta expormo-nos ao conhecimento para adquiri-lo: por isso não funciona tocar áudios de fundo enquanto fazemos outra coisa, muito menos se essa coisa for dormir. Precisamos de estar atentos, interessados, envolvidos (é isto que limita a opção 1 e parte da opção 2). Mas porque é que tem de ser individual? Porque uma língua é uma ferramenta, não é uma competência como ler sobre placas tectónicas, sobre o Império Romano ou os acontecimentos económicos atuais. Utilizamos a linguagem para nos expressarmos sobre esses mesmos temas, bem como para receber novas informações de outras pessoas: é uma ferramenta social, ajuda-nos a comunicar com os outros e por isso requer outra coisa: prática. Quando estamos em grupo, a prática limita-se ao tempo que “roubamos” de um parceiro, e é muito provável que o meu grupo já esteja a sofrer dos males mencionados em cima. Se acrescentarmos a isto estarmos a falar de profissionais com disponibilidade de tempo, mas também com reduzida energia mental, queremos garantir que o tempo despendido é aproveitado ao máximo.


Comparação com o ginásio: a sua empresa entende que para alcançar resultados palpáveis, que possa medir, que mantenha a sua motivação elevada, que se ajuste ao seu ritmo e horário, é preciso contratar um treinador pessoal. É a opção menos económica, mas é a que funciona. A longo prazo, comparando os resultados, verifica-se que é aquela que dá um retorno real do seu investimento.

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